Porto Post(o)
Antes do nascer do sol, quando poucas gaivotas ainda se abanam, quando as primeiras figuras escuras se mexem, junto à Alfândega, quando os candeeiros difundem luz azulada que esbate no fundo escuro da outra margem Douro, ainda mal refeita da noite.
Avanço devagar como se caminhasse para onde os deuses me esperam, até que o dia comece a falar com algumas gotas misturadas com a água do rio, junto à Foz, no marégrafo.
Assim o Porto fala azul, e só assim, para o meu encanto.
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