Estatisticamente espectacular
Dir-se-ia um acaso ou uma coincidência, acusar-se-ia o tempo, a curva do rio, o vento forte que fez parar debaixo de um toldo. Dir-se-ia uma vontade inconsciente, vinda de onde ? para quê ?, ou talvez se falasse de um destino ou mesmo de algo escrito para ser assim.
E a partir desse momento que não tem nome, porque se convencionou chamar estas coisas todas ao que não se sabe ou sequer suspeita de causa próxima ou remota, a partir desse momento mais tarde vivido como recordação, percebe-se que mudámos a nossa vida para outra qualquer.
Porque se desistiu, ou porque se insistiu e persistiu, porque se abandonou ou porque se resolveu ficar, esse momento, talvez não mais importante que outros momentos, mas por alguma razão designado por "naquele momento", esse momento, dizia, passa a viver como um monumento na nossa mente. Visita-se por vezes, passeia-se por lá, está lá e ficou lá.
Foi um toque desgovernado numa tecla, foi um encontro casual na bilheteira de um cinema, foi porque algo nos chamou a atenção e fomos por ali e não por outro lado.
Os momentos, esses momentos, são assim.
Uma obra de estatística espectacular, mas como fazer para não deixar que os "outros momentos" passem ao lado ?
Destiny RisingElen Fainberg
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