Veneza: deslizar entre duas fotografias
Tenho á minha frente 2 fotografias, que deslizam pela secretária como um tabuleiro de letras de uma sessão espirita; tenho duas mulheres retratadas na ponte de Rialto, a sorrir, com os barcos atrás. Foram tiradas em tempos diferentes, e tão diferentes são que os escassos meses que os separam se diriam dezenas de anos, mesmo que o sorriso de ambas pareça de uma solidária felicidade atirada para alguem que as vai manipular, perguntar, admirar. É esse o fascinio de uma fotografia: ficaram ali duas mulheres, no mesmo sítio, em tempos diferentes e que no entanto, agora, nesta secretária, se tornaram paralelos.
Como se uma maquinação de autor as juntasse no impoluto terreno da frase : para sempre !
Como se uma maquinação de autor as juntasse no impoluto terreno da frase : para sempre !
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