O Conservador Implacável
Um dos blogs mais puros, afirmativos e corajosos é o da Charlotte! Não tem medo de dizer o que pensa, por isso faz jus ao nome.
E é aí que leio uma transcrição de um texto sobre a Atitude Conservadora de João Pereira Coutinho (JPC), e pasmo: o homem fala de 3 tipos de atitudes conservadoras, sendo que uma delas é uma espécie de conservadorismo de esquerda, ou seja desloca o problema da esquerda-direita para um lugar qualquer que ele não conhece (nem ninguem, suponho!), em que há conservadores que nem por isso o são, ou são mas não são verdadeiros, e acaba com uma definição que qualquer ser que se intitule de esquerda mais equilibrado subscreveria com gosto !
Façamos então este pequeno exercício de trocar a palavra conservador (no texto original que se pode ler na Bomba Inteligente) pelo seu contrário e vejamos o que dá:
A primeira é a visão tradicional, que olha para o pensamento de esquerda como uma forma de proteger interesses particulares - interesses associados a pessoas detentoras de poder ou estatuto. (...)
Depois, existe uma segunda «escola» que olha para o esquerdismo, não como defesa de classe - mas como um sistema de valores («ontológico», dizem os sábios) que pode funcionar para todas as classes. É o esquerdismo de cardápio, que gosta de aplicar a todas as situações da realidade a mesma hierarquia de valores. Pode ser a empresa, o partido , os trabalhadores , blá, blá, blá, conhece a conversa. (...)
E depois existe uma terceira forma de olhar o pensamento de esquerda. Uma atitude reactiva que, alicerçada nesse seu «esquerdismo natural», questiona a mudança - mas não procura aplicar a ela, como nas duas vertentes supracitadas, o mesmo standard de valores. (..) Falo de uma atitude essencialmente plural que, (...)embora reconhecendo a universalidade de certos valores basilares à vida humana (que devem ser protegidos SEMPRE), abre espaço para particulares concepções de vida - quer a nível social (baseadas nas tradições de comunidades específicas), quer a nível individual. É a única posição legítima, acho eu, para defender uma posição de esquerda «real»: afirmando certos valores universais que devem ser protegidos e defendidos, embora reconhecendo a pluralidade da existência humana nas suas dimensões sociais e individuais.(...)
Fica bonito, não fica ? Pois o JPC não inventou nada; a questão como diz a bomba a propósito de homens e mulheres, é a existência dos medíocres vs inteligência, sentido crítico e afirmação. A conversa dele do conservadorismo vs esquerda está mal posta.
Voltaremos a isto.
E é aí que leio uma transcrição de um texto sobre a Atitude Conservadora de João Pereira Coutinho (JPC), e pasmo: o homem fala de 3 tipos de atitudes conservadoras, sendo que uma delas é uma espécie de conservadorismo de esquerda, ou seja desloca o problema da esquerda-direita para um lugar qualquer que ele não conhece (nem ninguem, suponho!), em que há conservadores que nem por isso o são, ou são mas não são verdadeiros, e acaba com uma definição que qualquer ser que se intitule de esquerda mais equilibrado subscreveria com gosto !
Façamos então este pequeno exercício de trocar a palavra conservador (no texto original que se pode ler na Bomba Inteligente) pelo seu contrário e vejamos o que dá:
A primeira é a visão tradicional, que olha para o pensamento de esquerda como uma forma de proteger interesses particulares - interesses associados a pessoas detentoras de poder ou estatuto. (...)
Depois, existe uma segunda «escola» que olha para o esquerdismo, não como defesa de classe - mas como um sistema de valores («ontológico», dizem os sábios) que pode funcionar para todas as classes. É o esquerdismo de cardápio, que gosta de aplicar a todas as situações da realidade a mesma hierarquia de valores. Pode ser a empresa, o partido , os trabalhadores , blá, blá, blá, conhece a conversa. (...)
E depois existe uma terceira forma de olhar o pensamento de esquerda. Uma atitude reactiva que, alicerçada nesse seu «esquerdismo natural», questiona a mudança - mas não procura aplicar a ela, como nas duas vertentes supracitadas, o mesmo standard de valores. (..) Falo de uma atitude essencialmente plural que, (...)embora reconhecendo a universalidade de certos valores basilares à vida humana (que devem ser protegidos SEMPRE), abre espaço para particulares concepções de vida - quer a nível social (baseadas nas tradições de comunidades específicas), quer a nível individual. É a única posição legítima, acho eu, para defender uma posição de esquerda «real»: afirmando certos valores universais que devem ser protegidos e defendidos, embora reconhecendo a pluralidade da existência humana nas suas dimensões sociais e individuais.(...)
Fica bonito, não fica ? Pois o JPC não inventou nada; a questão como diz a bomba a propósito de homens e mulheres, é a existência dos medíocres vs inteligência, sentido crítico e afirmação. A conversa dele do conservadorismo vs esquerda está mal posta.
Voltaremos a isto.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home