domingo, fevereiro 29, 2004

ÚLTIMA HORA !Não houve atentados ...ao pudor


Com o delay púdico dos americanos, que agora não transmitem nada em directo (não vá saltar alguma mamoca de alguma dama com os apêndices mais folgados), foi possível roubar o resultado JÁ de algumas categorias nomeadas:










Melhor Actriz: Naomi WATTS

inesquecível em Mulholland Drive e the Ring, ganhou com 21 gr.


aqui a passear com o

Melhor Actor : Sean PENN





não por este filme mas por aquele que foi o



Melhor Filme : MYSTIC RIVER
















por acaso realizado pelo








Melhor Realizador :

Clint Eastwood







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Once upon a love affair (III)



Warren Beatty produziu e interpretou em 1994 Love Affair. Com Annette Benning, Katherine Hepburn e Pierce Brosnan

Pode ser a recordação de Katherine Hepburn, mas também podem ser as imagens de uma ilha no Hawai.

Mas sempre, como Meg Ryan em Sleepless in Seattle , de lenço preparado.
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Once upon a love affair (II)



AN AFFAIR TO REMEMBER
USA, 1957; 119m
It would be a tragedy if the world remembered An Affair to Remember as nothing more than the movie Meg Ryan cries over in Sleepless in Seattle. McCarey’s sumptuous remake of his classic LOVE AFFAIR, working from a virtually identical script, is one of the great Hollywood romances, as elegant as it is bursting with emotion, and as deft as one can imagine in its mixture of laughter and tears. This time, Cary Grant and Deborah Kerr are the couple, and they bring the story to a completely different pitch from the one set by Boyer and Dunne: graceful restraint followed by emotional outpouring.

An Affair to Remember

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Once upon a love affair (I)



LOVE AFFAIR
USA, 1942; 117m
McCarey was so fond of this story, written by Delmer Daves and Donald Ogden Stewart, that he filmed it twice. In this version, Irene Dunne and Charles Boyer are Terry and Michel, who meet on a transatlantic cruise, fall in love, and elect to ditch their respective fiancés. They give themselves six months to make good, and choose the observation tower of the Empire State Building as their rendezvous point. When one of them fails to appear, it takes a leap of faith to overcome the tragedies and misunderstandings that have kept them apart. This is probably the more soulful and intimate of the two versions — Boyer and Dunne are magical together, and Maria Ouspenskaya gives a performance of uncharacteristic warmth as Michel’s grandmother Janou. LOVE AFFAIR is the very essence of Hollywood romance.

(www.filmlinc.com)

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Sorrow



How beautiful, if sorrow had not made
Sorrow more Beautiful than Beauty’s self

John Keats
Inglaterra
1795-1821
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sábado, fevereiro 28, 2004

Ao poste !



Num blog atira-se ao post.
Num blog nunca é certa a divina palavra nem certo o alvo que se mirou.
No meu alvo, em movimento, sempre.
Até olhar para o céu ou para o deus sempre adiado.
Atira-se sobre a lama, sobre os anjos, sobre a alma de outros, infiéis proscritos pela pena.

(integrado nos parabéns ao centenário da Águia...)
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quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Um espectro paira sobre a blogosfera



Arrepiados pelos posts terrificos, abruptos, de aviz e de dezavizados, parece que se encontram motivos sórdidos para uma eventual degenerescência da comunidade blogosferiana.

Não admira, invadidos de jornalistas, arautos da desgraça, mas também de escritores, inventores de desgraças, podem alguns de nós ficar amarfanhados por tanta clarividência blogosferiana.

Mas não, não há que temer nada, pois desde o "domínio" da direita, da efémera UBL, ao empate ao intervalo do BdE Barnabé (salta agora só num pé), tudo não passa de gente a pôr-se em bicos de pés.

Nós estamos firmes, porque gostamos de escrever. Nem ao ritmo dos jornais, nem ao ritmo dos jograis, nem ao ritmo dos gurus.

Nem que para isso narciso se erga como o espectro que une.



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terça-feira, fevereiro 24, 2004

Miguel Azguime



(Integrado nos parabéns ao Miguel, meu excelso primo que tem a coragem de dar alma ao Miso Ensemble, com a Paula, há muitos anos)
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Broken Sword: the sleeping dragon



Apresento-vos Nico Collard, a minha amiga jornalista, parisiense, preocupada com a investigação que faz neste momento numas ruas esconsas de Paris.

Irá depois ao Congo, passará de novo em Paris, viverá momentos emocionantes em Inglaterra. Está apaixonada por George Stobbard, um americano aventureiro (na foto) que a levará depois a Praga, onde um castelo medonho tem segredos. catacumbas e dobermans assustadores.

Não, não é BD, não é um filme nem um livro.
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Cidadão do Mundo

Em Cosmopolis, DeLillo fala sobre o ciber-capital, e mais, sobre a matemática aplicada ao 11 de Setembro. Nunca mencionado.

O outro espera sempre por nós, não se sabe onde, nem quando, mas virá, como num jogo de poker em que uma mão pode sempre superar a melhor.

Mesmo que pareça impossível, num outro lado do mundo ou na próxima esquina, alguem espera por nós.

Para nos amar ou para nos matar.


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In times of relaxation

Make it Jameson time



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segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Supernova



Fevereiro 23 - Supernova 1987a é observada "a olho nu" a primeira supernova desde 1604.
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Não me obriguem a vir para a rua gritar




"Admito que a revolução seja uma utopia, mas no meu dia-a-dia procuro comportar-me como se ela fosse tangível. Continuo a pensar que devemos lutar onde exista opressão, seja a que nível for"

José Afonso (1929-1987)

Dia Z
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domingo, fevereiro 22, 2004

Domingo : Stabat Mater



Quando corpus morietur······(quando o meu corpo morrer)
Fac ut animae donetur·········(deixa que à minha alma seja concedida)
Paradisi gloria······················(a glória do paraíso)

Amen

Pergolesi
1710-1736

(Robert King, The King's Consort -1987 Hyperion)
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Moshi Moshi




Check yourself into a 5 star hotel, after a 12 hour flight. You try to phone somebody, but its too late or too early, over.

You look through the window, and its a new city, and for you its just a state of mind. Should your heart, your body, ask for something, you should call.

You should call. Or go downstairs to the bar, or maybe you want to swim or exercise in the gym.

A standard 5 star hotel.

People in Sofia Coppola's picture don´t speak much. They look at others, at the city, at each other, they dance, they are amazed by the stupidity of others, they sing at karaokes, and its all the japanese copy of western standards popping everywhere. The language is strange and it seems excessive, too much sounds for a simple meaningful word.

No, its not about the impossible love affair. Its about loneliness and its from the heart.


(maybe I wrote this in english because I could get my self lost in translation. Dedicated to J.)

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sábado, fevereiro 21, 2004

Luz da Tarde



Rapaz, acende o candeeiro !
"Ainda não é escuro. Vai gastar óleo e torcida para nada. O quê? não quer que feche as portadas?
Atrás das casas só. Mas não dos montes,
O sol sumiu! Faltará meia-hora para as Avé-Marias".
Vá, desgraçado ! Faz o que te mando ! A minha amiga espero.
Consola-me entretanto, ó luz, da noite auspicioso anúncio!





Goethe
Alemanha 1749-1832

Jorge de Sena (Poesia de 26 Séc.- ed. ASA)

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Luz da Manhã


Amigos, adeus:
tal como os gansos selvagens
perdidos nas nuvens

*****

Um branco narciso
e um branco biombo se reflectem
na sala quieta





Bashô
Japão 1644-1694

Jorge de Sena (Poesia de 26 Séc.- ed. ASA)

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sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Lomba e a Bomba

Li na Bomba
que se despedia
o Lomba
a UBL tem menos uma tromba
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The sheltering sky. Orange




Nicole Herz
Orange Sky, 1995

(integrado nos parabéns à Truta Laranja)
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Movimento em movimento

Na rua movimentada, imerso na rua movimentada. Movimento vem de gente.

Na ilha movimentada, na praia movimentada. Movimento vem de fora, do vento e dos pássaros.

Se de repente no meio do movimento fosse preciso falar : falar, abrir a boca e movimentar as mãos como que a esboçar o ante-movimento da fala. Entre a gente da rua movimentada apenas alguns olhos se deslocariam se movimentariam do curso normal que os olhos seguem quando vão numa rua movimentada.

Se de repente no meio da ilha se movimentassem as mãos e a boca se abrisse para falar, gritaria e não haveria espaços nem olhos que os olhassem, nem se desviariam para olhar fugazmente para nada.

Andar numa rua movimentada é uma experiência de não-liberdade, a opressão que só se supera se de repente as mãos introduzirem uma ruptura tal que os olhos que se movimentaram se fixem, e os corpos que seguem colados pararem. As mãos agarradas ao peito e a boca aberta no espanto da dor, as mãos descerem pelo corpo abatido até que a cabeça bata violentamente contra a pedra da rua. Os olhos aos milhares param então e falam. Acabou a solidão da rua. Naquele infimo instante entre a queda e a ausência da mente.

Em movimento para outro lado. A mente em movimento para outro lado.



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sábado, fevereiro 14, 2004

Dias das namoradas

Tocado de luz tão bela
E de tamanha beleza
Segui-a, mas na tristeza
De não seguir mais do que ela

(Voltaire)







Off in thought (Joseph Lorusso)
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Um pouco mais de azul

Congresso de gaivotas neste céu
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo
Querela de aves, pios, escarcéu
Ainda palpitante voa um beijo


(Alexandre O'Neill)

(integrado nos parabéns à Truta Vermelha)
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quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Embushado

Embushado está o JPP com as ADM (não confundir com ADL, que é do post anterior):

- Algo entre o embuscado, apanhado na armadilha da legitimação real da invasão do Iraq por Bush,

- e o embuchado pela prosa produzida profusamente em vários meses, justificando o crime, agora dificil de digerir.

Hoje no Publico profusamente ensina a Blair e a Bush como se deverão defender deste pequeno problema politico:

--- > para Blair: diz-lhes que atitudes políticas são os ossos do ofício e não devem ser discutidas fora desse âmbito

---> para Bush : era preciso virar a forma de fazer politica activa. Diz-lhes que era preciso lá ir !

porque sim, pronto.

O senhor é muito inteligente. E depois?

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Sexo: ADL é o novo crime

Podiam ser duas figurinhas da BD portuguesa, mas são apenas dois magros exemplos de gente : a querida Mariana Cascais e a aguerrida Dulce Rocha.

- A primeira acha que Educação Sexual é coisa que nunca houve, nem é bom que haja. Bom, ela não acha nada sobre o assunto, acha apenas que não é assunto. Por acaso está na educação e no Governo mas isso é passageiro, felizmente para nós e para ela. Por acaso também acha que a religião oficial poryuguesa é a católica !

- A segunda pretende criminalizar tudo, sob o manto hipócrita da protecção à criança. E vai de decretar:

Apalpar, Despir e Lamber (ADL) devem estar no articulado do código; as letras do código remeterão sem dúvida estes actos ignóbeis para os bordéis.

Não tarda não haverá pais capazes de tratar dos filhos e tentar ensinar-lhes qualquer coisa sobre sexo que não venha a madre Mariana ou a soror Dulce apontar o dedo e dizer que é crime ou que não está no Evangelho.

Estas mulheres são umas criminosas de lesa mente, têm espaço publicitário gratuito e de sexo percebem que é coisa que já que não lhes dá gozo, também não há razão para outros o terem.

As mentes púdicas destes seres macacos encarregam-se de tentar enviar-nos para as trevas do seu próprio inferno.


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terça-feira, fevereiro 10, 2004

Jazz

A ouvir Johnny Hartman com Coltrane, lembrei-me de algo que escrevi, há já 3 anos:

Descobri recentemente que o jazz é como os seres que conhecemos mal. Falamos com eles à espera de nada, a não ser o interesse de uma informação, ficamos à espera que saia deles uma frase que antecipamos, um sorriso que desejamos e no primeiro momento ficamos sem nada. Dizemos, pensamos, quem é esta coisa com olhos e boca? Mas depois há seres que vêm ter connosco e de repente o olhar transforma-se e o sorriso afinal é bonito e o conjunto afinal faz sentido, e há beleza onde dantes havia olheiras e sono mal resolvido. O jazz é assim, um ser aparentemente indiferente, que não diz o que gostávamos que dissesse sem esforço, é antes um ser que se revela quando não estamos a olhar, com uma espécie de vergonha que depois nos envergonha. O que é bonito afinal não é o que se revela no primeiro olhar e não é um amor à primeira escutadela. Com o jazz que não é disfarçado encontramos cá dentro as angústias e olhamos de frente para elas, porque ele nos chama em vez de, como a música pimba e pornográfica, atirar notas para o ar indiferentes a quem as quer apanhar. O jazz interessa-se por nós e não precisa de casar connosco, basta viver do lado esquerdo do cérebro e do corpo. É preciso ter coragem para gostar e não deixar de lado aquelas notas que afinal são os olhos e a boca que contam para a vida curta.
Para que seja infinitésima, divisível portanto portanto até os milésimos de segundo e infinita, eterna portanto até aos milhares de anos.



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Trade-off: eu informo a rede e ela mantem-me informado














Na sexta feira treze fala Manuel Castells na Gulbenkian ás 11h, sobre a sociedade em rede.

Como aperitivo, leia-se o sempre excelente Fernando Ilharco, no Publico de 2ª feira :


Para ir : fazer gazeta, meter baixa, inventar uma torneira a inundar a casa (cruzes...), a prima que vive sozinha caiu da escada, etc...


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domingo, fevereiro 08, 2004

Home. Vamos brincar outra vez?

Agora uma casa sem fantasmas.

The feeling of home, olho para os caixotes e sento-me no chão. Tiro um copo lá no meio e a garrafa que estava noutra ponta.

O livros só querem que eu os tire de lá depressa, os discos querem por-se a tocar depressa e os filmes saltam para o ecran de parede. O telefone resolve mandar mensagens em auto.

como se fosse um quarto de brinquedos que perdem a vergonha e desatam a mexer pelo chão fora .

E agora? Vamos perder a vergonha meus amigos, vamos que parece que estou a ver ali algo, ou alguém !

A dançar numa cadeira.




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quarta-feira, fevereiro 04, 2004

My doom



Virus e anti-virus é uma história de polícias e ladrões.

Uma história de uma industria florescente.

Anti-virus
Consultores
Segurança, segurança
Intrusion detection
Segurança, segurança
Firewalls
Segurança, segurança
Conferências
Livros
Gurus
Hackers arrependidos
Livros dos hackers arrependidos
Orçamentos de Segurança, segurança...

Sofisticação: não há só virus

! Há cavalinhos de tróia, trojan horses !



domingo, fevereiro 01, 2004

When I was Young

I´d listen to the radio waiting for my favorite songs
when they played I´d sing along, they made me smile
those were so happy times and not so long ago
How I wonder were they've gone

When they get to the part where they're breaking my heart...
It can really make me cry, just like before.

(estou perdoado ? it´s my birthday!)