quinta-feira, novembro 27, 2003

Colombo reapareceu em Valença

Nem napolitano, nem português, nem marselhês.

Colombo reapareceu em Valença para se propor ao Rei de Espanha, em projecto de retorno certo, com os milhões amealhados nas Indias que um dia descobriu por engano e afinal eram Wall Street.

O ídolo com pés de Barros ajoelhou e cumprimentou Colombo, e ofereceu-lhe bilhetes para o futebol no estádio adiado de Cascais.

There´s just one thing to do: pretend the dream is true.

Que a bola um dia se transforma em vela.


I've got a crush on U

"I never had the least notion , that I could fall with so much emotion"
Gershwin

Trading places

6.00h - a janela tem pontos de luz, ainda como olhos de morcego, a roupa enrodilha-se na cama

6.12h - o cabelo mistura-se na luz, que agora tem violeta escuro como mantos de altar

6.23h - luz apaga-se de novo, comandada pelo sonho acordado de manhã, a ilha que se afasta numa ilusão feita de flamingos e mangais entrelaçados com águas superficiais, de onde não podem sair mais do que pequenissimos peixes. Não foi sonho um dia. Passou a sê-lo quando a madrugada chega cedo demais.

6.43h - volta a luz a dizer que o cabelo deve mexer de novo, depois as mãos afastam os olhos desse lugar e voltam a nascer tristes para o requiem por um tempo dentro do proprio tempo.

7.01h - que dia vais ter se escolheres ficar mais 2 minutos sem mexer o cabelo ? que dia magnífico talvez só porque escolheste o movimento alguns segundos mais cedo.

Assim, os lugares foram trocados em segundos, sem que essa lentidão fosse apercebida por quem nos congelou na mente, um dia.

terça-feira, novembro 25, 2003

A agitação como forma de produção de energia

Já se sabiam os custos da conversão do calor na produção de energia, a forma de gerar frio na produção de energia, mas a forma de libertar ansiedades na agitação produzida pelos seres.... Ah nãoo, sobre isso a sabedoria e erudição extremas nada podem ajudar.

Mas e as horas, quem sabe para onde vão as horas que faltam, que futuro é esse ? terá passado ? irá passar ?

Mas todas as horas vão convergir, sugadas por um vórtice inexplicavel, vão convergindo e vão desparecendo com um sorriso trocista de quem sabe de tudo e tudo. Exactamente como as cores do fim deste dia, fixado como poucos o são.

Sim tens razão, é tudo uma questão de tempo.

domingo, novembro 23, 2003

Não se deixar levar pela agitação

Quando faço vela entro num espaço em que a agitação das águas me deixa em poucos segundos salpicado. O sal, que é insidioso, agarra-se à pele e seca-a.

Quando faço vela, deixo que o mar diga o que tem a dizer e me lave a alma suavemente, deixo a água dizer-me o que devo fazer a seguir; por vezes deixo de ver terra, deixo de lado as mãos e fico preso por um cabo que segue com o barco e o vento. Vejo o sol desaparecer, vejo ondas onde poderia ver um caminho, vejo barcos enormes, que tranquilos me dizem por onde não devo ir.

Deixo a maré trazer o que tem de trazer, e olho, para ver se, sem me deixar levar pela agitação, compreendo as suas motivações profundas.

(para A.)

sábado, novembro 22, 2003

O Conservador Implacável

Um dos blogs mais puros, afirmativos e corajosos é o da Charlotte! Não tem medo de dizer o que pensa, por isso faz jus ao nome.

E é aí que leio uma transcrição de um texto sobre a Atitude Conservadora de João Pereira Coutinho (JPC), e pasmo: o homem fala de 3 tipos de atitudes conservadoras, sendo que uma delas é uma espécie de conservadorismo de esquerda, ou seja desloca o problema da esquerda-direita para um lugar qualquer que ele não conhece (nem ninguem, suponho!), em que há conservadores que nem por isso o são, ou são mas não são verdadeiros, e acaba com uma definição que qualquer ser que se intitule de esquerda mais equilibrado subscreveria com gosto !

Façamos então este pequeno exercício de trocar a palavra conservador (no texto original que se pode ler na Bomba Inteligente) pelo seu contrário e vejamos o que dá:


A primeira é a visão tradicional, que olha para o pensamento de esquerda como uma forma de proteger interesses particulares - interesses associados a pessoas detentoras de poder ou estatuto. (...)

Depois, existe uma segunda «escola» que olha para o esquerdismo, não como defesa de classe - mas como um sistema de valores («ontológico», dizem os sábios) que pode funcionar para todas as classes. É o esquerdismo de cardápio, que gosta de aplicar a todas as situações da realidade a mesma hierarquia de valores. Pode ser a empresa, o partido , os trabalhadores , blá, blá, blá, conhece a conversa. (...)

E depois existe uma terceira forma de olhar o pensamento de esquerda. Uma atitude reactiva que, alicerçada nesse seu «esquerdismo natural», questiona a mudança - mas não procura aplicar a ela, como nas duas vertentes supracitadas, o mesmo standard de valores. (..) Falo de uma atitude essencialmente plural que, (...)embora reconhecendo a universalidade de certos valores basilares à vida humana (que devem ser protegidos SEMPRE), abre espaço para particulares concepções de vida - quer a nível social (baseadas nas tradições de comunidades específicas), quer a nível individual. É a única posição legítima, acho eu, para defender uma posição de esquerda «real»: afirmando certos valores universais que devem ser protegidos e defendidos, embora reconhecendo a pluralidade da existência humana nas suas dimensões sociais e individuais.(...)



Fica bonito, não fica ? Pois o JPC não inventou nada; a questão como diz a bomba a propósito de homens e mulheres, é a existência dos medíocres vs inteligência, sentido crítico e afirmação. A conversa dele do conservadorismo vs esquerda está mal posta.

Voltaremos a isto.

The touch of your lips

No meio da escada olhou-me, aquele dia era um dia para sempre, mas nao deixaria que o esquecimento fosse devagar arrasta-la para a depressao de um amor falhado, seguiria a maxima contencao e discreta olharia para ele quando outras voltas do mundo quisessem. "sei que estas bem, ou nao deixarias de o dizer, afinal os teus labios foram meus, da tua, para sempre ..."

My heart forgets to beat

sexta-feira, novembro 21, 2003

Appuntamento d'amore

A face esquecida passou por mim, e as imagens standard da chuva dos vidros do carro passados por flechas que limpam as gotas, da cara e do carro, porque não se sabe nunca porquê aquela face e não outra

Why should I care ?

quinta-feira, novembro 20, 2003

The Turkish Daily News ou the Blair witch project

Afogado em nogs (news logs). Arrastado por uma fe talvez islamica, religiosa decerto, em reconhecer que o combate ao terrorismo é pro-Bush, o governo turco afirma-se o punho contra o terror. Na ansia de agradar, este governo leva os turcos na rota do desastre, seguindo o caminho idealizado pelo durao portugues.

Good heavens, a Rainha engasgou-se com o Porto de honra no banquete, e a bruxa Blair continua em actos tragicos a matar os seus compatriotas, por interpostos sapos armados.

Alegremente comandado assim vai o documentario do mundo; porta a porta. Sampaio condena e toda a gente condena, nada mais sabendo o que dizer, porque é preciso reunir os assessores, ler todas as nogs e fazer a sintese.

Ah, quase esquecia, uma desgraca turca nunca vem so. Os ingleses deixaram-nos no play off, escavacaram-lhes Istambul e agora isto. Triste sina confiar na Europa.







segunda-feira, novembro 17, 2003

Dos outros tempos aparecem ...

sem ver, enquanto esta cidade baila de luz e rio, e os habitantes se entretêm com qq coisa, chamemos-lhe trabalho para simplificar, há uma praia onde alguem caminha, e onde o barulho do vento se insinua entre o ruido de aves, antevejo mal, não estou lá, mas sei que alguém lá caminha, sobre a areia, descalça. Exactamente neste momento.

Exactamente neste momento, aliás há muitos anos mas nesta precisa hora, eu sento-me numa cadeira que vejo mal, ouço um relógio de sala, e olho um caderno de francês, com um lápis na mão e uma borracha pousada ao lado. Tudo em silêncio, hora da explicação de francês. A explicadora lá dentro, na casa grande, e eu para aqui a sonhar em ser crescido, não ter mais que olhar para o caderno de francês.

E encontrei-me assim comigo a meio caminho numa viagem entre o que eu quero ser, onde quero estar e onde não quero voltar.


sábado, novembro 15, 2003

O que precisamos saber sobre a vida (2)

فالانجليز ارادوا ان يشتموا سكان قرية مصرية فسموها القصاصين وهو تحريف لصفة الحشاشين وهؤلاء احد فروع الطائفة الاسماعيلية اشاعوا الرعب فى جيوش الحملات الصليبية وقتلوا ملك بيت المقدس واصبح لقب حشاش فى اوروبا يعنى فدائى لا يعوقه شيء عن غرز خنجره بقلب عدوه ليذوب بعدها فى الهواء او يموت سعيدا بما حققه.. اذن فأهل القصاصين، ارعبوا الانجليز وهذا يعنى انهم عادوا لأصولهم الفاطمية الاسماعيلية التى خرج الحشاشون من صلبها..

Nada mais posso acrescentar quando se é eloquente e claro como Ali-al-rashid, envolto em bruma no golfo persico, e em gin tónico, compreensivelmente.

O que precisamos saber sobre a vida (1)

Second Marriage and Divorce

Q. Is it necessary for a man who wants to marry a second wife to first obtain his wife’s consent? What about divorce: Is the wife’s consent necessary for divorce to go ahead?


A. In neither case the wife’s consent is necessary for the other development to go ahead. It is a concession God has given Muslim men to marry more than one wife. Therefore, when a man feels that his circumstances make it desirable or useful that he should have another wife, he may go ahead and do so. The first wife may either accept the situation or ask for divorce if she feels unable to tolerate the situation



sexta-feira, novembro 14, 2003

Someone to watch over me

Este título podia ser uma ocasião de romancear sobre algo das minhas angustias afectivas, mas na realidade é um alerta !

Para os amigos e conhecidos que me lêem aqui deixo esta nota simpática: quando no post anterior respiguei uma frase de um blog americano, em árabe !, logo alguns sites que nada têm a ver comigo ou com as minhas relações de amizade saltaram para verificar quem estava a escrever em árabe e sobre o Iraque !

É a paranoia instalada no etéreo ! Nunca tive tanta audiência !

Tks for keeping in touch, folks !


Al aeeraq ma-salama : os sete minutos

Empenhado em fazer ver aos mais distraidos que este é de facto o pior governo ( com letra muito pequena ) de sempre (só mesmo uma militância cega pode mesmo compará.lo com os de Cavaco, PSD) os responsáveis da Nação acharam por bem estarmos agora representados por uma rapaziada da GNR no Iraque.

Esta mesma rapaziada já afirmou publicamente que está lá pela oportunidade de fazer um pé-de-meia em plena crise, e quem não faria o mesmo? Mas o empenho dos politicos em dá-los como heróis é notável, associando os palavróes do costume ao discurso (do patriotismo, da abnegação, do sacrifício, bla, bla...).

Agora, também como de esperar, seguiram os jornalistas à caça das contradições do costume ( ver se algum soldado catrapisca uma jovem iraquiana, ou se algum tenente se enfrasca antes de subir para o jeep, ou se algum cabo entra em depressão ao saber que a mulher não aguentou e foi fazer um fim de semana com o amigo intimo, ou se algum cozinhou o bacalhau entre duas ganzas, ou ainda se...).

Mas, infelizmente, o caçador foi caçado ao fim de sete minutos, exactamente os mesmos que os sexólogos descrevem ( e Irving Wallace perpetuou) como o tempo entre o fourplay e o orgasmo, numa relação humm... média !

Impossível penetração no Iraque, este acto falhado é o pior que podia acontecer aos governantes seguidistas da libanização do Iraque liderada por Bush : agora quem atura os frustrados jornalistas ?

Esperam-se as crónicas mais f... de sempre



(quem toca o quê)

Keith Jarrett : The French Suites (ECM) - Bach ---> cravo
Keith Jarrett : The keyboard suites (ECM) - Handel ---> piano
Glenn Gould - Goldberg variations (sony) - Bach ---> piano
Glenn Gould - The Art of the Fugue (sony) - Bach ---> orgão e piano

Transitar, transcrever - Keith Jarrett ,do jazz ao barroco. Glenn Gould , Bach em piano

No meu renovado (ou nem tanto...) interesse pela musica barroca, seguida por milhões a quem resta pouco para esperar da musica candidata a clássica, chegou a vez de olhar para o piano transcrito das obras de Bach e Handel.

Faço um cruzamento do que conhecia de jazz tocado por Jarrett pelo que conhecia de Bach e Handel tocado pelos monstros sagrados do cravo, e chego ás suites para teclado de Handel e às suites francesas de Bach, em piano e cravo respectivamente, por Jarrett. Os adjectivos não interessam.

A autoestrada fica mais fluida pela mão de jarrett nas suites francesas, o carro não foge mesmo sob chuva traiçoeira, e é possível viajar em segurança.

As tardes de sábado ou as noites de segunda feira ficam pintadas de outras cores indizíveis, pelas suites de handel, as tais que ninguem conhecia quando J. as tocou em 1993. Conhecem alguns agora, apoiados ao livro com a luz de um candeeiro amarelo, ou enquanto desapertam a gravata desgraçadamente omnipresente às segundas- feiras.

Para saber mais podem consultar-se as notas dos CD´s, mas não é muito importante, para saber mais é melhor ouvir.

Para os pobres espiritos que procuram a fusão dos géneros, nada disto tem significado, porque acham que misturando jazz com pop ou pop com barroco ou outra misturaça qualquer, estão a lançar a inovação quando é apenas confusão. Para renovar ou se faz novo ou se dá a ver (ouvir) o mesmo de outra forma (como faz o cinema !).

As grandes obras de Bach estão aí à espera de novos ouvidos: ainda falta ouvir J. nas variações Goldberg, Gould (!) no cravo bem temperado.

Recomendo a ansiedade de pular entre J. e GG, entre o piano e o cravo, entre Bach e Handel

O passado olha com preocupação o futuro

O passado olha com preocupação o futuro, como se um piano de repente pudesse dizer tudo sobre esse momento pequeno que já passou.

O futuro, sempre foi um monstro inesquecível, não acontece nunca mais, mas tem quem o prediga em mãos que afagam com um carinho que é eterno porque alguém resolveu colori-lo.

Assim a poesia, feita uma imagem e uma pintura de um dia só, só um dia.

E o futuro que nos olha com graça, promete sem esquecer que foi o que nunca prometeu ser, passou assim a um toque de piano que alguém pode repetir.

Em pequenas promessas, feitas mulheres que passaram e enfeitiçadas em cigarros que voltarão a ser acendidos, num futuro tão pequeno como esse maço empacotado.

Mesmo tentando fotografá-lo, o passado é já o futuro ansioso por nos rasgar de desgostos e encontros e acidentes e mulheres.

quinta-feira, novembro 06, 2003

Um Domingo qualquer

08.00 h Visto-me a rigor para a corrida. Olho primeiro o Tejo, para averiguar o tipo de sapatos e t-shirt aconselháveis. Escolho a T-shirt azul escura, o boné da Gant, e os sapatos Reebok caríssimos que, assegura a publicidade, amortecem o impacto nas estrutura humana (acho que não diz exactamente assim, mas eu acho que é disto que se trata: trocar uns pedaços de tempo na vida e células refrescadas por uns tendões dissimuladamente avariados)
Não ponho perfume nem faço a barba. Os meus amigos não reparam. Mas convém ir minimamente arranjado para a autoestima não sofrer abalos.

08.15 h. Sofro um arrepio só de pensar que sonhei que estava numa falésia dos Açores e uma mulher me empurrava para cair dentro de um avião da SATA cheio de gente doente. Afasto esta morbidez, talvez tenha olhado para o céu cinzento e saio a porta, sem esquecer o rebuçado.

09.30 h Acabo a corrida e deito-me em cima da relva a olhar os cães que passam com os donos ensonados. Cada vez há mais e cada vez mais se assemelham. Falam uns com os outros como as mães falam dos filhos, a primeira porta aberta com o focinho, a primeira mordidela na mulher, os primeiros latidos significativos. Há cenas de engate com cães como intermediários, o melhor amigo do homem.

10.00h Entro no ginásio já pejado de mulheres celulitadas e ansiosas por resolver hoje o que não tiveram tempo para tratar de há dez meses a esta parte. Converso despreocupadamente com o corpulento que está atrás do balcão e que tem uma cara absolutamente boçal, lembrando os pescadores algarvios a entrar numa discoteca de Albufeira. Olha guloso para as calças apertadíssimas das meninas e sorri com uma cumplicidade que me deixa vontade de lhe fazer ao cérebro o mesmo que Anthony Hopkins demonstrou não ser grande problema. Lembro agora Florença e empurro a porta do balneário.

10.30h Depois de queimar mais não sei quantas calorias e de inspirar o eucalipto do banho turco, ando por ali mais um bocado a fingir que me inspiro para o resto do dia, olho para o espelho a compor o que não é preciso, como se alguém estivesse ali fora para reparar em mim, algum fantasma desconhecido ou apenas o sol.

11.00h Subo para a piscina. Decido nadar um pouco, levo os meus oculos Arena e o fato de banho a condizer; o vento arrepia toda a gente mas a vontade de ficar bronzeado dos presentes é mais forte, as que já têm menos celulite ou menos 15 anos estão por ali a pavonear-se e os tipos mais ousados lêm a GQ de pernas para o ar, trocando olhares incertos, mas não vejo ninguém com o ar blasé que se impunha. Como nada disso me interessa, mergulho imediatamente e contemplo alguns segundos a linha azul escura do fundo que me leva com segurança até ao outro lado e me faz ter vontade de não sair do fundo até as bolhas se esgotarem.

11.30h Regresso ao balneário, tomo um banho prolongado e vêm-me á cabeças imagens felizes de mim próprio sentado a esta secretária a escolher um DVD para a tarde. Fico mais tranquilo e hesito entre o Lawrence da Arabia, o Always, que comprei há poucos dias na FNAC, ou rever Magnolia. Penso no disco do Charlie Haden com o jazz cubano ou na Diana Krall, outra hipótese para acompanhar umas linhas de escrita despreocupada. Entretanto entra shampoo nos olhos e a Diana desvanece-se. Visto-me.

12.45h Ponho uns calções de algodão e uma t-shirt bonita, e vou descalço para a cozinha a pensar nos cereais agarrados ao iogurte que agora me seduzem muito nos últimos tempos. Devoro dois, enfrasco.me de sumo de laranja, morangos no fim e vou para o meu escritório acabar de ler os suplementos da jornalada toda do fim de semana.

14.00h Adormeci e acordo com o telefone. Vou sair ou não vou. Não vou já. Depois telefono a confirmar.
Os 15 minutos seguintes passo-os a olhar pela janela e antes que venha algum pedaço de angústia, ponho a Stacey Kent.
Os pedaços de jornal espalhados acabam de ser lidos com uma atenção ao Fugas, onde lá volto a sonhar com ilhas e carros desportivos.

15.30 h. Decido ver um filme, mas vou primeiro ver o mail, ligo o PC, arranjo tudo para a parte cinematográfica, ligo à internet e leio quem me escreveu.

15.45 h. Decido agora escrever isto e mandar para alguém. Decido sem problema mas antes ocorrera.me fazer disto uma chain-letter, enviar para várias pessoas, talvez ameaçando que se não reenviassem logo para mais cem poderia o Vesúvio entrar em erupção ou o Tejo galgar o Parque das Nações e estragar a vida aos peixes e aos tipos que correm atrás de bolas, pontapeando-as com tirania.


16.30h . Algo me faz falta e acabo por ir ao cinema, a angústia afinal voltou.

Days of Wine & Roses

The Days of Wine & Roses
Laugh and run away
Like a child at play
Through meadowland toward a closing door
A door marked “nevermore”
That wasn´t there before
The lonely night discloses
Just a passing breeze filled with memories
Of that golden smile that introduced me to
The days of wine & roses.

domingo, novembro 02, 2003

Violinos do BES

Estás farto do teu Banco ?

Não, estou farto do teu.

sábado, novembro 01, 2003

José Bové a rasé sa moustache ! Luis Filipe Vieira, está à espera de quê ?

Drame national

José Bové a rasé sa moustache Nous apprenons à l'instant le drame national qui vient de se jouer à Cancon où José Bové a été contraint de raser sa moustache suite à un arrachage de sourire par de vrais journalistes. Transporté d'urgence à l'hôpital de Marmandes, le leader paysan en est ressorti une heure plus tard, rajeuni de vingt ans. Le choc a été rude pour les militants, qui ne l'ont pas reconnu, notamment pour les intermittents du parc Asterix qui ont été pris en charge par des psychologues de proximité

O militante anti-hamburguer já decidiu; os benfiquistas aguardam que o seu novel presidente se sacrifique por eles !

Aquele bigode serviu para muito jantar de pneus e materiais de construção. Mostre que é do Benfica , homem, e acabe com esse símbolo da mesquinhez lusitana

Ou então pinte-o de vermelho



O conceito de BLOG (blagh!)

Não fui ao Encontro Informal de Blogues. Tinha graça ver os bloggers envergonhados com lamela ao peito a dizer "Eu sou o Pipi!"

Mas fui alertado pela muito querida Amélia e por outros avisados parceiros da etérea escrita que ali se ia discutir o conceito de blog (!) e analisar esta "nova tendência" e implicações, que ainda não são bem conhecidas, nem o alcance, nem uma data de outras parvoices similares.

Eu, que não conheço o conceito de blog, nem sei como consigo estar aqui a escrever há mais de três meses; como não sei analisar esta coisa, vivo infeliz sem saber para que lado caio, e quanto ao alcance então é que estou mesmo sem conceito balístico que me valha.

Um jantarex com o pessoal de máscara à la Kubrick ainda era coisa que entusiasmava, mas isto, na Sociedade de Geografia ? Deixem lá o Eduardo escrever no Público e o Querido escrever no Expresso as baboseiras que quiser.

Eu vivo bem sem saber o conceito; quando soubermos acabam os blogs.

Sabe melhor (a)postar ao acaso. Como por exemplo agora com o Jarrett, blame it on my youth.